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Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2012 Catherine Mann. Todos os direitos reservados.

HONRADAS INTENÇÕES, N.º 1145 - Agosto 2013

Título original: Honorable Intentions

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

Publicado em português em 2013

 

Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial,são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

® ™. Harlequin, logotipo Harlequin e Desejo são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-3370-8

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Capítulo Um

 

Nova Orleães, Louisiana. Mardi Gras

 

Laissez les bons temps rouler! Que comece a festa!

Hank Renshaw Jr. escutava os gritos enquanto abria caminho entre a multidão que franqueava a avenida para ver o desfile do Mardi Gras, a popular festa de Nova Orleães.

Mas ele não estava com disposição para festas.

Devia levar a mensagem de um amigo que tinha morrido no Afeganistão dez meses antes. E procurar a noiva do amigo era uma das coisas mais difíceis que alguma vez tivera de fazer.

A determinação de fazer o que devia fazer empurrava-o enquanto abria caminho entre os presentes, alguns com chapéus, máscaras ou os famosos colares de missangas do Mardi Gras. Todas as luzes estavam acesas, alumiando as ruas principais da cidade pelas quais passava o desfile, com uma banda de jazz a tocar uma canção de Louis Armstrong e as pessoas dos carros alegóricos a atirar colares, dobrões e inclusive cuequinhas de renda sobre a multidão.

Não se surpreendia com a chuva de sutiãs. Anos atrás, tinha estado ali e sabia que as festas duravam todo o fim de semana e que se animariam ainda mais à medida que o álcool corria. Numas horas, as raparigas começariam a pedir colares da forma tradicional: levantando a t-shirt.

– Atira-me qualquer coisa! – gritou uma mulher ao passar junto a um carro com o rei do desfile montado sobre um jacaré mecânico.

– Laissez les bons temps rouler! – gritava o rei, com um forte sotaque francês cajun, o dialeto de Louisiana.

Hank falava francês fluentemente, um alemão razoável e um pouco de chamorro do tempo em que o seu pai esteve destinado na ilha de Guam. Sempre jurara que não seguiria os passos do progenitor e, enquanto o pai era piloto, ele era copiloto. Mas, afinal, tinha escolhido o mesmo avião, o B-52. Hank tinha seguido a tradição familiar tal como as suas irmãs, apesar de contar com uma fortuna pessoal.

E daria até ao último cêntimo se assim pudesse devolver a vida ao seu amigo.

Com o coração encolhido, Hank olhou para a multidão. Só lhe restava um quarteirão para chegar ao apartamento de Gabrielle Ballard, situado sobre uma loja de antiguidades.

Eis que, de súbito, a viu entre as pessoas. Ou melhor, viu-lhe as costas. Não parecia estar ali para presenciar o desfile, de maneira que devia voltar para casa, caminhando diante dele com uma bolsa de flores na mão e uma mochila de pano.

Estugando o passo, Hank não questionou como a tinha identificado. Sabia que era Gabrielle sem lhe ver a cara porque reconhecia a elegante curva do seu pescoço, o brilhante cabelo loiro que lhe roçava os ombros, os seus passos...

Inclusive com uma camisola larga que lhe escondia o corpo, não tinha a menor dúvida. Aquela mulher fazia com que umas calças de ganga parecessem um vestido de gala. Tinha um elegante estilo europeu devido à sua dupla nacionalidade; o seu pai, um oficial do exército americano, tinha-se casado com uma mulher alemã que conheceu numa base militar e Gabrielle tinha ido para Nova Orleães fazer um mestrado.

Sim, sabia tudo sobre Gabrielle Ballard, de onde tinha passado a infância até à beleza das curvas das suas ancas. Tinha-a desejado cada dia durante um tortuoso ano antes de Kevin e ele terem sido enviados para o Afeganistão. O único alívio tinha sido que então estavam destinados ao norte de Louisiana, não na cidade, de maneira que só se tinham visto um par de vezes por mês.

Apesar de tudo, o código de irmandade entre soldados levantava um muro entre eles que Hank não podia escalar. Gabrielle era a noiva do seu melhor amigo, a miúda de Kevin.

Mas o seu amigo tinha morrido devido aos disparos de um francoatirador.

Isso não fazia com que Gabrielle estivesse disponível, mas convertia-a numa obrigação para Hank.

 

 

Gabrielle ajeitou a mochila ao ombro enquanto atravessava um grupo de estudantes em frente à grade de ferro que conduzia ao seu edifício. Um miúdo derramou um pouco de cerveja no seu braço e Gabrielle tentou afastar-se, mas o jovem interpôs-se no seu caminho quando tentava abrir a grade.

Hank viu-a segurar com força a mochila enquanto olhava para o rapaz com uma expressão assustada.

O instinto adquirido na batalha dizia-lhe que as coisas podiam ficar feias porque os jovens estavam bêbedos, de maneira que apressou ainda mais o passo. À luz, o seu cabelo loiro brilhava como um farol no meio do caos. Os passeios estavam repletos de gente, o estrondo dos carros alegóricos e da multidão que os recebia era tão retumbante que os seus gritos de socorro não seriam ouvidos.

Hank chegou ao seu lado e pôs uma mão sobre o ombro do indivíduo.

– Deixa passar a senhora.

– O que é que tens...? – o bêbedo deu um passo atrás, olhando-o com olhos vidrados.

Gabrielle olhou para Hank e lançou uma exclamação. O brilho nos seus olhos cor de esmeralda dizia que o tinha reconhecido e, de imediato, sentiu uma pontada de desejo. A mesma que tinha sentido desde que a viu pela primeira vez num desfile militar.

Ao vê-la com um lindo vestido azul, todas as células do seu corpo gritaram: minha!

Uns segundos depois, Kevin tinha-lha apresentado como a sua noiva e o amor da sua vida, mas o corpo de Hank continuava a reclamá-la como sua.

– Mete-te nas tuas coisas, amigo – disse o bêbedo.

– Receio que isto seja coisa minha – Hank passou o braço pela cintura de Gabrielle, fazendo um esforço para controlar a sua reação. – Esta senhora está comigo e é hora de procurares outro lugar para veres o desfile.

O tipo olhou para o blusão de aviador e decidiu que brigar com um militar não seria boa ideia.

– Não sabia que era sua namorada, comandante. Desculpe.

Comandante, sim. Mas parecia que no dia anterior ainda era um tenente recém-chegado à unidade. Sentia-se velho, embora só tivesse trinta e três anos.

– Desde que a deixes em paz, não há crise.

– Muito bem – o tipo fez um gesto aos amigos. – Vamos embora, rapazes.

Hank ficou a olhá-los até que foram engolidos pela multidão, enquanto olhava em redor.

– Hank? – murmurou Gabrielle. – Como me encontraste?

O som da sua voz pareceu envolvê-lo como um laço de seda. Nada tinha mudado, continuava louco por ela. Dantes, quando Kevin e ela estavam noivos, era terrível. E naquele momento, ao recordar o seu amigo morto...

Tinha de comprovar que Gabrielle estava bem, como tinha prometido ao amigo, repetir-lhe as últimas palavras de Kevin e depois desaparecer da sua vida para sempre.

– Continuas a viver no mesmo lugar, de modo que não foi difícil – respondeu ele.

Decidido a controlar os seus sentimentos, Hank tinha acompanhado o amigo à cidade dois anos atrás...

Uma tortura do princípio ao fim.

– O que fazes aqui? Não sabia que estavas de volta aos Estados Unidos – disse Gabrielle, o seu ligeiro sotaque alemão dando-lhe um toque exótico.

Como se precisasse de algo mais para o deixar sem ar...

Era um veterano de guerra de trinta e três anos e ela fazia com que se sentisse como um colegial diante da menina mais bonita da escola.

Os olhos verdes, os pómulos altos, o delicado queixo num rosto ovalado, as flores numa mão, a mochila colocada sobre o peito.

– Vim ver-te. Deixa-me ajudar...

– Não, obrigada – Gabrielle afastou-se quando tentou tirar-lhe a mochila e Hank percebeu o que era porque a sua irmã Darcy tinha uma exatamente igual. Era uma mochila porta-bebés.

E ao ver um pezinho a assomar por um lado, descobriu que havia um bebé lá dentro.

 

 

Gabrielle tinha querido ser mãe desde menina. As suas bonecas sempre foram as melhor vestidas e penteadas da escola...

Mas então não sabia quão diferente seria ser mãe a sério.

Sem um pai para o seu filho.

Um menino doente.

E de repente, o passado tinha voltado em forma de Hank Renshaw, que bloqueava o resto do mundo com uns ombros tão largos metidos num blusão de aviador. Tão alto, moreno e sério como um herói de filme.

Continuava a não acreditar que estivesse ali.

Hank.

Não, o comandante Hank Renshaw Jr., no meio da abarrotada rua em pleno Mardi Gras. Só uma consulta com o pediatra a podia ter tirado de casa no meio daquele caos.

Não o via desde... o coração de Gabrielle deu um salto, desde que se despedira de Kevin no dia em que ambos partiram para o Afeganistão.

E por doloroso que fosse pensar que deveria estar a celebrar o regresso a casa de Kevin, o que tinha ocorrido não era culpa de Hank. Além disso, o seu aroma a homem de duche acabado de tomar e barba acabada de fazer apagava o asqueroso cheiro a cerveja e suor da rua.

Que fácil seria apoiar-se nele, reclamar a sua proteção. Que fácil e que erro.

Tinha de ser forte, pensou. Tinha lutado muito para se libertar da sua protetora família dois anos antes, quando decidiu estudar nos Estados Unidos, e era uma mãe solteira de vinte e sete anos que podia cuidar de si mesma e do seu filho. Não precisava da distração de um homem, especialmente naquele momento. Especialmente daquele homem.

E a julgar pela expressão horrorizada de Hank ao ver o pezinho do seu filho a espreitar pela mochila, não ia ter nenhum problema porque parecia a ponto de fugir espavorido dali.

Gabrielle tentou sorrir.

– Não posso crer que sejas mesmo tu. Vamos lá para dentro, assim podemos falar. Com este ruído não se ouve nada. Quando voltaste? Há quanto tempo estás cá?

– Regressei ontem à base – respondeu ele.

– Ontem? – repetiu Gabrielle, ignorando a óbvia pergunta nos seus olhos. – Então deves estar estafado.

Hank deu-lhe o braço para levá-la para dentro.

– Ver-te era a minha prioridade. Caso contrário, por que motivo viria a Nova Orleães?

O seu filho deu-lhe um pontapé no estômago.

– Bom, é Mardi Gras – disse ela, tirando as chaves. – Podias ter vindo por diversão, como tanta gente.

– Não, vim cá por ti.

– Por causa do Kevin, queres tu dizer.

Pronunciar o seu nome, inclusive dez meses após a sua morte, ainda lhe despedaçava o coração e viu a mesma dor nos olhos de Hank. Que estranho elo havia entre eles, ligados por um homem morto...

Voltando a cabeça para esconder as lágrimas, Gabrielle abriu a grade e Hank fechou rapidamente para evitar que alguém entrasse atrás deles.

– De quem é esse menino, de alguma amiga?

– Não, é o Max, o meu filho – respondeu Gabrielle. E estava doente, muito doente. – Qualquer outra pergunta terá de esperar até que cheguemos lá acima. Foi um dia muito longo e estou exausta.

Hank pegou no saco das fraldas, que ele julgara a sua mala, e tirou o blusão de cabedal para o pôr aos ombros.

Gabrielle tinha usado o blusão de Kevin muitas vezes e deveria ser igual a qualquer outro, mas não era assim. O calor de Hank parecia engoli-lo, envolvê-lo.

Kevin e Hank tinham voado juntos num B-52, mas os seus temperamentos eram completamente opostos. Kevin era divertido, trocista, sempre a empurrá-la para deixar os estudos e viver a vida. Hank era o contrário: sério, áspero e tão... intenso.

Os seus passos ressoavam atrás dela enquanto subiam a escada que levava ao seu apartamento no terceiro andar. Após um longo dia no hospital enfrentando os seus medos e tomando decisões sozinha, ter alguém ao seu lado era agradável.

Demasiado agradável.

O blusão de Hank esteve a ponto de cair ao chão quando meteu a chave na fechadura, mas segurou-o com uma mão enquanto abria a porta.

– Bom, já chegámos – Gabrielle tirou os sapatos.

O apartamento era um espaço aberto de tetos altos e soalhos de madeira decorado com coisas compradas em mercados. Não tinha divisões, só uma zona separada por seis degraus que fazia de quarto no qual, além da sua cama, tinha instalado o berço do menino, com um móvel de aviões.

O apartamento tinha-lhe parecido perfeito quando tornou realidade o seu sonho de ir para os Estados Unidos para estudar, mas desde que Max nasceu era um lugar tão pouco prático que nalgum momento inclusive tinha pensado em voltar para casa, mas não se decidia. Tinha algum dinheiro poupado e um salário decente a desenhar páginas Web...

Mas tudo tinha vindo por água abaixo quando lhe disseram que o seu filho tinha nascido com um defeito congénito no aparelho digestivo e que o deviam operar para corrigir a sua válvula pilórica.

– Gabrielle... – a voz rouca de Hank enchia o apartamento, misturando-se com o ruído da rua.

– Chiu – Gabrielle tirou o menino da mochila para o deixar no berço e inclinou-se para lhe dar um beijo na testa, respirando o seu delicioso aroma a pó de talco e champô infantil.

O seu filho... faria qualquer coisa por ele.

O cansaço desapareceu, substituído por uma nova determinação e após fechar a cortina que separava o quarto do resto do apartamento, voltou-se para fitar Hank.

– Agora já podemos falar. O Max dormirá outros vinte minutos antes de pedir o peito outra vez.

Devido a seus problemas gástricos, o menino comia pouco e muitas vezes ao dia, mas com sorte a operação solucionaria o problema. Se o seu frágil bebé sobrevivesse à operação.

Hank deixou o saco das fraldas sobre uma mesa de pinho ao lado da cozinha e o blusão sobre uma cadeira.

– É filho do Kevin?

Essa pergunta apanhou-a desprevenida. E as dúvidas que via nos seus olhos doíam-lhe mais do que quereria admitir.

As lembranças de tempos mais felizes atormentavam-na. Hank sempre a tinha ajudado com o impulsivo Kevin...

– Tu conheces-me – disse-lhe. Ou era o que pensava. – Tens mesmo de perguntar?

– Entre as minhas irmãs e os meus irmãos, que procriam como coelhos, tenho tido nos braços muitas crianças e a tua parece um recém-nascido. Passaram doze meses desde a última vez que o Kevin cá esteve – Hank abanou a cabeça, agarrando as costas da cadeira. – De maneira que as contas não encaixam.

Tinha razão sobre o tamanho do menino, mas ele não sabia nada.

– Achas mesmo que eu enganaria o Kevin?

E não tinha sido assim?, perguntou-se Gabrielle então. Ainda que fosse só em pensamento.

– Não serias a primeira mulher que engana um homem destinado fora do país.

– Mas eu não o fiz – replicou ela, cruzando os braços. – O Max é pequeno porque está doente, tem estenose no piloro. É um problema digestivo que há de corrigir com uma operação.

Hank engoliu em seco.

– Ai, sinto muito – murmurou, levantando uma mão para apertar-lhe o braço e baixando-a sem se atrever a fazê-lo. – Posso ajudar-te? Precisas de dinheiro para um especialista?

– Não, obrigada – apressou-se a dizer Gabrielle. – Tenho um seguro médico e não fazem falta especialistas para um bebé tão pequeno. E por sinal, o Max tem quatro meses. Nasceu oito meses após a partida do Kevin.

– Então, estavas no primeiro trimestre quando o Kevin morreu. Não sabias que estavas grávida?

Ela engoliu em seco. Não podia nem queria negar.

– Sim, sabia-o.

– E por que não lho disseste?

Como se atrevia a julgá-la ou a interrogá-la? Como se atrevia a estar vivo? Gabrielle decidiu canalizar a sua dor através da ira.

– Sei que eras muito amigo do Kevin, mas as minhas razões para não lho contar não são assunto teu.

Hank apertou os dentes.

– Tens razão, não é assunto meu.

Essa admissão fez com que Gabrielle se acalmasse. Mas como lhe ia explicar? Então estava assustada, desconcertada, e tinha atrasado o inevitável até que foi demasiado tarde. Se tivesse sabido que esperava um filho, Kevin teria tido mais precaução? Não tinha resposta para essa pergunta e ela teria de viver com o sentimento de culpa para toda a vida.

Gabrielle pegou no blusão das costas da cadeira e ofereceu-lho.

– Bom, pois já me viste e fizeste o que vinhas fazer. É tarde e deves estar cansado da viagem. E, francamente, eu também estou. Nem sequer tive tempo para almoçar.

Um dia stressante, à parte do esgotamento de dar o peito a Max de duas em duas horas.

– Gabrielle...

– Alegro-me de ver-te, Hank. Boa noite.

Ele pegou na sua mão.

– Vim ver-te como prometi ao Kevin e, aparentemente, cheguei num bom momento. Ele teria feito o máximo possível pelo seu filho e sei que teria gostado que vivesse num lugar... melhor do que este.

– Não recordo que fosses grosseiro – replicou Gabrielle, aborrecida.

– E eu não recordo que tu estivesses tão à defesa.

– Talvez eu não tenha o dinheiro dos Renshaw nem os vossos contactos políticos, mas trabalho e ganho um salário, de modo que posso manter o meu filho.

A raiva e a frustração desapareceram ao perceber que ele continuava a apertar-lhe a mão, o calor da sua pele fazendo recordar algo que não sentia há muito tempo.

Desejo.

E nos olhos de Hank viu que ele sentia o mesmo.

– Antes disseste que não tinhas comido. Deixa-me pedir algo para jantar para te compensar pela minha grossaria.

– Queres que jantemos juntos?

Gabrielle não partilhava um jantar com ele desde antes de terem ido para o Afeganistão.

Desde a noite em que beijou Hank Renshaw.